Sem contribuição sindical, o caminho é buscar maior representatividade

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Desde a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), as entidades de classe precisaram se adaptar às novas regras. A nova legislação trouxe mudanças importantes, como alterações na jornada de trabalho, possibilidade de terceirização de mão de obra, acordos feitos diretamente com os empregadores, entre outros aspectos. Mas um dos pontos que mais afetou os representantes das categorias profissionais foi o fim da contribuição sindical compulsória

Até então, a cobrança, que era equivalente a um dia de trabalho por ano, era feita diretamente na folha de pagamento dos funcionários. Depois da reforma, para que o desconto seja efetuado, o profissional precisa formalizar junto ao seu empregador que deseja continuar contribuindo. 

Até houve a edição de uma Medida Provisória estabelecendo que a contribuição sindical poderia ser feita através de boleto bancário, encaminhado à residência do empregado ou à sede da empresa. Porém, essa MP não foi votada e expirou no final de junho de 2019. 

Arrecadação em queda

Essa mudança afetou em cheio as entidades de classe, tanto as que representam os trabalhadores quanto as patronais. A estimativa é de que, até 2019, a arrecadação tenha caído mais do que 90%

Além disso, no ano passado, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou um projeto que acaba com a obrigatoriedade de haver apenas um sindicato por base territorial para cada categoria (unicidade sindical). Com isso, além da queda abrupta de arrecadação, as entidades de classe passaram a ter que competir com outras instituições na mesma área de abrangência. 

Em 2020, com os impactos econômicos da pandemia, a tendência é de que a questão se agrave ainda mais; afinal, muitos brasileiros perderam seu emprego ou tiveram a renda reduzida pela pandemia. Sem a obrigatoriedade da contribuição sindical, a perspectiva é de queda ainda maior na arrecadação. 

Boa atuação reduz queda da contribuição sindical

Para garantir a sobrevivência, neste cenário, as entidades de classe precisam investir em bons serviços para os seus associados, como forma de se tornarem mais representativas. Ou seja, é fundamental que as pessoas representadas compreendam que existem benefícios em manter o pagamento da contribuição sindical.

Várias ações podem fazer com que os associados entendam que a entidade é representativa:

  • oferta de cursos e treinamentos para capacitação, com descontos ou mesmo gratuidade aos associados;
  • parcerias que ofereçam benefícios, tais como seguro de vida, seguro saúde, serviços odontológicos, descontos em farmácias, entre outros;
  • envio de informações relevantes para o negócio ou desempenho profissional da base de associados;
  • apoio jurídico.

Comunicação é essencial

Além de oferecer esses serviços, que são os diferenciais que farão com que os associados percebam as vantagens de manter a contribuição sindical, é fundamental investir na boa estratégia de comunicação. Afinal, a divulgação tem um papel importante para que todos conheçam a atuação da entidade. 

Para tanto, é preciso conhecer o seu público e avaliar quais as melhores formas de comunicação. É possível fazer isso por meio de redes sociais, blog, circulares impressas, revista, entre outros formatos. Importante lembrar que, em tempos de quarentena, as pessoas se habituaram a utilizar os meios digitais para comunicação. Isso fez com que lives, reuniões virtuais e webinários tenham conquistado um papel relevante. 

Outro detalhe fundamental para garantir a sobrevivência de sua entidade é a boa gestão. É necessário ter melhor controle das despesas e parcerias, reduzindo custos desnecessários. Além disso, o gerenciamento dos dados dos associados ajuda não somente a ter um panorama da base cadastrada, mas também de suas principais demandas e necessidades. 

Aliás, o gerenciamento destes dados é uma forma de entender várias ações dos associados, desde os motivos para o desligamento até as atividades que despertam maior interesse. Quer saber mais? Então, entre em contato conosco agora mesmo!

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