4 curiosidades sobre o movimento sindical no Brasil

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Para promover a defesa de direitos, igualdade e justiça social, as entidades de classe são essenciais. Podem ser definidas como sem fins lucrativos, com natureza jurídica própria, pertencente à sociedade civil e que tem como objetivo defender os direitos e proporcionar melhorias aos seus associados ou à categoria que representa. Os exemplos mais clássicos são os sindicatos.

Leia a seguir 4 curiosidades sobre o movimento sindical no Brasil.

A origem do movimento sindical

Os sindicatos defendem as categorias de trabalhadores que representam, garantindo que seus direitos sejam respeitados. Em escala global, o surgimento desse grupo está ligado à Revolução Industrial, que consolidou o capitalismo na Europa a partir do século XVIII. As condições de trabalho nas fábricas eram precárias, além das extensas jornadas de trabalho e baixa remuneração. Assim nasceram organizações buscando defender os direitos desses trabalhadores.

E os próprios europeus acabam trazendo a força sindical para o Brasil. No século XIX houve a abolição da escravatura e a economia brasileira passou a se basear também na manufatura. Como o trabalho era remunerado, muitos europeus imigraram, mas ao chegarem aqui, perceberam que as marcas da escravidão ainda eram evidentes na falta de direitos trabalhistas.

Tendo a experiência de confrontar os patrões, esses trabalhadores também começaram a se organizar em grupos aqui no Brasil, para buscar melhores condições de trabalho.

Submissão ao Estado

No princípio, os sindicatos eram movimentos livres, mas em 1930 o então presidente Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho. Embora ele tenha sido o responsável pela consolidação das leis trabalhistas e do regime CLT, o seu objetivo com a criação do Ministério foi, em grande parte, submeter o movimento sindical ao Estado.

Ele determinava que representantes do Ministério deveriam participar das assembleias. Ordenava também que os recursos financeiros dos sindicatos seriam controlados pelo governo. Proibiu os sindicatos de realizarem atividades políticas e ideológicas e a sindicalização de funcionários públicos.

Era de ouro dos sindicatos

Os sindicalistas continuaram sua luta que atingiu o ápice na década de 60. Com grandes greves por todo o país, inclusive no interior, começaram a surgir os sindicatos rurais. Nesse momento foi realizado o III Congresso Sindical Nacional. Este congresso estabeleceu o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), uma reunião de vários sindicatos, para fortalecer e coordenar o movimento por todo o país. No entanto, o CGT foi desarticulado pelo Regime Militar, implantado três anos depois de sua constituição.

Movimento sindical contra a Ditadura Militar

Em 1964, com a tomada de poder pelos militares, o movimento sindical volta a ser perseguido, em uma verdadeira “caça às bruxas”. Apenas no final da década de 70 o sindicato recupera seu fôlego: o Banco Mundial levou à público o fato de que os governos militares vinham mascarando a alta inflação. Isso levou ao desemprego e muitas perdas para os trabalhadores. Por esse motivo, os sindicalistas voltaram a organizar greves nas fábricas e ganham importância na cena política e econômica brasileira.

Se hoje os sindicatos e outras entidades são respeitados, é porque houve uma grande luta para que isso acontecesse. E a liberdade de atuação deve ser valorizada por meio da gestão eficiente desses grupos.

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